Emissão Renascença | Ouvir Online

Papa Francisco despede-se de milhões em Manila

18 jan, 2015 • Aura Miguel, enviada especial às Filipinas.

Na última missa antes de voltar para Roma, o Papa foi recebido por seis milhões de pessoas, a maior assistência de sempre.

Papa Francisco despede-se de milhões em Manila
A multidão estimada em milhões não arredou pé para se despedir do Papa. Francisco, vestido com uma gabardina de plástico amarelo, subiu para um papamóvel adaptado de uma camioneta típica de Manila e percorreu lentamente a vasta extensão do recinto, como num último abraço, antes do seu regresso a Roma, amanhã de manhã.
A multidão de seis milhões de pessoas não arredou pé em Manila. À medida que os céus ficavam mais cinzentos, o número de pessoas aumentava pelas ruas circundantes do local da missa.

Quem ali permaneceu, molhado até aos ossos, ouviu Francisco dizer que “os filipinos estão chamados a ser exímios missionários da Ásia”.

E para cumprir essa missão o Papa deixou vários conselhos:

“Recusar as seduções do diabo, que actua através da aparência do sofisticado, do fascínio de ser ‘moderno’, de ser 'como todos os outros’”, não se distrair “com a miragem de prazeres efémeros e passatempos superficiais”, nem desperdiçar os dons recebidos “com apetrechos fúteis” ou gastar “o nosso dinheiro em jogos de azar e na bebida”.

Portanto, os filipinos devem centrar-se no essencial e “permanecer interiormente como crianças”.

Inspirado na antiga imagem do “Santo Menino”, trazida para as Filipinas por Fernão de Magalhães em 1521 e colocada no altar, vinda de propósito do seu santuário em Cebu, o Papa confiou ao Menino Jesus a identidade, as famílias e todo o povo, para que “continue a abençoar as Filipinas e a sustentar os cristãos desta grande Nação na sua vocação de ser testemunhas e missionários da alegria, na Ásia e no mundo inteiro”.

No final, muitos filipinos levantaram réplicas do Menino Jesus para receberem a bênção e outros associaram-se com uma vela na mão. “Partam daqui como filhos da luz, essa é a vossa missão”, conclui o Papa.

Francisco, vestido com uma gabardina de plástico amarelo, subiu para um papamóvel adaptado de uma camioneta típica de Manila e percorreu lentamente a vasta extensão do recinto, apinhada de gente, de pé e acenando, como num último abraço, antes do regresso do Papa a Roma, segunda-feira de manhã.