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Francisco Sarsfield Cabral

A vergonhosa derrocada da PT

09 jan, 2015

Hoje, não vale quase nada. É óbvio que a “fusão” com a brasileira Oi foi um desastre. Os seus accionistas perdem muito dinheiro.

Segundo o Público, a PT SGPS pediu à empresa PriceWaterhouseCoopers (PwC) para omitir no relatório de auditoria os nomes dos seus ex-administradores que autorizaram o ruinoso empréstimo de 897 milhões de euros à Rioforte, do Grupo Espírito Santo.

Esta ocultação (bem reveladora!) terá sido um dos motivos que levaram às buscas policiais na PT e na PwC.

Em versões anteriores desse relatório os nomes de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, entre outros, figuravam como responsáveis pela operação. Soube-se, ainda, que o empréstimo da PT à Rioforte tornou necessário que a PT se endividasse, pagando um juro superior ao que ela exigiu à Rioforte.

Hoje, a PT não vale quase nada. É óbvio que a “fusão” com a brasileira Oi foi um desastre. Os seus accionistas (que deviam ter estado mais atentos) perdem muito dinheiro.

Quem mandava na PT era o BES, detendo pouco mais de 10% do seu capital; a derrocada da empresa é um “dano colateral” da implosão dos Espírito Santo.

Mas a PT tinha administradores que boa parte do nosso jornalismo económico incensava, considerando-os autênticos génios. Viu-se.