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Francisco Sarsfield Cabral

O euro e o parlamento grego

15 dez, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

Os juros da dívida grega dispararam e as bolsas europeias caíram. Uma vez mais, a zona euro está suspensa do que se passar em Atenas.

O programa de assistência à Grécia devia terminar no fim do ano. Mas a troika discorda do orçamento de governo grego para 2015. Por isso o fim do programa foi adiado dois meses, na esperança de se chegar a acordo, permitindo que os gregos recebam a última tranche da ajuda.

Entretanto, o primeiro-ministro grego Samaras aposta numa jogada de alto risco: fazer eleger no Parlamento um novo presidente da República, Stravos Dimas, antigo comissário da UE. Os deputados gregos votam na quarta-feira e de novo a 23 e 29 deste mês, caso não haja antes uma maioria de 3/5 para eleger Dimas. Se essa maioria não for obtida, haverá eleições gerais. Ora o partido da esquerda radical Syriza vai à frente nas sondagens...

É certo que, com a perspectiva de ser governo, o Syriza tem moderado as suas posições. Agora aceita o euro e deixou de atacar os empresários. Mesmo assim, os investidores entraram em pânico, até por causa da inexperiência governativa do Syriza. Os juros da dívida grega dispararam e as bolsas europeias caíram. Uma vez mais, a zona euro está suspensa do que se passar em Atenas.