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Ribeiro Cristóvão

Cá, seria possível?

04 dez, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Apesar do momento difícil que atravessa, o treinador Jurgen Klopp recusa-se a abandonar a equipa, afirmando que há condições para recuperar da actual situação.

De vez em quando somos confrontados no futebol com situações nem sempre fáceis de entender.
Não admira. Trata-se de uma modalidade em que sendo possíveis três resultados, deles dependem muitas vezes instituições e pessoas que tanto andam nas nuvens como descem às profundezas de abismos donde depois têm dificuldade em sair.

Um caso que por estes dias anda nas bocas do mundo, tem a ver com um treinador de futebol. Alemão, no comando de uma equipa consagrada, que ainda recentemente viveu dias de glória, mas que se encontra agora à beira do cadafalso.

O treinador chama-se Jurgen Klopp, o clube dá pelo nome de Borússia de Dortmund.
Ambos têm um currículo invejável no futebol germânico, o que torna ainda mais difícil compreender por que passam pela desgraçada situação actual.

À frente do Borússia, Jurgen Klopp ganhou o campeonato alemão nos anos de 2011 e 2012, a Taça por duas vezes, e a Supertaça em três anos, tendo sido finalista na Liga dos Campeões em 2012, após de ter eliminado, de forma sensacional, o Real Madrid então sob o comando de José Mourinho. Viria depois a perder a final, frente a outra equipa alemã, a do Bayern de Munique.

Por estes dias, o clube da Renânia do Norte-Vestefália, que registou em 2011 a impressionante média de 80 mil espectadores no seu estádio, está a revelar enorme dificuldade em sair do último lugar da classificação da Bundesliga, contabilizando 3 vitórias, 2 empates e 8 derrotas em 13 jogos. E amanhã volta a jogar fora, contra o TSG 1899-Hoffenheim, o que faz prever o averbar de nova derrota. Apesar de tudo isto, o clube de Dortmund já garantiu presença nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Jurgen Klopp, mesmo tendo em conta o momento difícil que atravessa recusa-se a abandonar a equipa afirmando que há condições para recuperar da actual situação, enquanto os dirigentes continuam a conceder-lhe alguma margem de manobra.

Se fosse cá, seria isto possível? A resposta para esta pergunta é demasiado fácil…