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Ribeiro Cristóvão

Apertar o cerco

01 dez, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Vêem aí jogos decisivos que muito podem contribuir para que sejam menos carregados no futuro imediato os tons das competições em curso.

O fim-de-semana deixou marcas negativas em alguns estádios. E não foi apenas em Portugal. Mais graves do que em Coimbra, foram os acontecimentos violentos que se registaram em Madrid e dos quais resultou um morto após confrontos entre adeptos do Deportivo da Corunha e do Atlético madrileno.

Mas o que se passou em Coimbra, quando o desafio entre a Académica e o Benfica estava à beira do fim, é igualmente um acto condenável que a ninguém aproveita e que só prejudica o futebol, já de si tantas vezes maltratado sem qualquer justificação.

Cabe aos clubes a responsabilidade pela organização dos jogos. Sem restrições e sem se preocuparem com poupanças, porque está permanentemente em causa a segurança das pessoas que desejam assistir a um qualquer espectáculo desportivo exigindo a maior tranquilidade.

Em Madrid, os incidentes registados entre adeptos dos clubes galego e da capital atingiram, infelizmente, proporções mais negativas, e que resultaram em um morto e vários feridos. Aguardemos pelo desfecho do inquérito que está já em curso, na expectativa de que a justiça espanhola seja rápida a decidir e tenha mão pesada, como de resto se justifica.

Entre nós, com jogos importantes à porta não é despiciendo deixar um aviso muito sério para ser levado em conta pelas autoridades e pelos responsáveis dos clubes intervenientes. Como diz o velho ditado é preferível prevenir do que remediar.

Este registo desagradável quase atira para segundo plano o que se passou quanto ao desfecho dos jogos mais importantes que se realizaram entre nós. Sporting, Benfica e FCPorto, por esta ordem, levaram a melhor sobre os adversários que tiveram pela frente, e em nenhum dos casos se pode falar de grandes dificuldades.

Houve exibições mais sombrias, nem sequer desculpáveis pelo facto de esta jornada ter sido disputada após mais uma ronda das competições europeias. E, infelizmente, alguns árbitros também voltaram a estar na berlinda, o que se regista sempre como um facto desagradável.

Esperemos que o nível melhore em todos os aspectos. Vêem aí jogos decisivos que muito podem contribuir para que sejam menos carregados no futuro imediato os tons das competições em curso.