Tempo
|

Ribeiro Cristóvão

Longa noite

26 nov, 2014 • Ribeiro Cristóvão

Ao mexicano Herrera deve ser atribuída a nota mais alta da noite portista. No jogo de Alvalade, é para Nani a coroa de louros que deve ser atribuída à melhor exibição e ao melhor golo.

Foi uma noite longa mas que acabou com fartos proveitos para duas das três equipas que participam na Liga dos Campeões e, por arrastamento para o futebol português, por via do ranking em que tem permanentemente os olhos, e nesta altura lhe permite manter um quadro alargado de equipas nas competições da Uefa.

Começou ao cair da noite com o Futebol Clube do Porto, e terminou, a hora inesperadamente tardia, com o Sporting Clube de Portugal.

Aos portistas bastava confirmar o excelente percurso que tem vindo a protagonizar na Champions, frente a um adversário de reconhecida menor dimensão. E, mesmo sem terem actuado com brilho na primeira parte, os portistas fizeram no segundo tempo o suficiente para justificar apreciação muito positiva, e a clara que vantagem com que regressaram a casa.

Ao mexicano Herrera deve ser atribuída a nota mais alta da noite. Mas, de um modo geral, toda a equipa correspondeu, mesmo aqueles jogadores que tendo estado sem competição durante cerca de vinte dias, nunca deixaram à vista insuficiências comprometedoras.

O Sporting também venceu de forma indiscutível, ainda que a determinada altura tenha permitido à equipa eslovena acreditar que seria possível chegar a um resultado positivo. Do jogo de Alvalade, há registo de algumas exibições merecedoras de classificação relevante. Mas é para Nani a coroa de louros que deve ser atribuída à melhor exibição e ao melhor golo.

De facto, o jogador cedido pelo Manchester United voltou a confirmar o grande momento que atravessa e faz dele a pedra mais brilhante do tabuleiro leonino, capaz de influenciar decisivamente a qualificação para os oitavos de final da Liga dos Campeões, pela qual todos os sportinguistas suspiram.

Valeu a pena ter de suportar a inesperadamente longa noite de Alvalade. Ao apagão que deu origem a um intervalo de quase uma hora, correspondeu Nani acendendo e erguendo o facho luminoso que só os grandes atletas são capazes de transportar.