A missão de quem cuida de doentes é ajudá-los, proporcionando-lhes a cura, se possível, mas não os abandonando, antes lutando pela sua qualidade de vida se o mal é incurável.
Foi publicado esta semana um despacho do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde determinando que os hospitais e as unidades locais de saúde (integradas no SNS), com valências médicas e cirúrgicas de oncologia, devem no prazo de um ano criar uma equipa para a prestação de cuidados paliativos.
Desta equipa farão parte profissionais de medicina, enfermagem e psicologia, além de outras áreas, com formação em cuidados paliativos.
É um passo positivo no sentido do reconhecimento da importância dos cuidados paliativos. Se, por exemplo, se considera ser a missão fundamental da medicina a cura do doente, quando este sofre de uma doença incurável tende a ser desvalorizado.
Tanto mais hoje, em que o enorme desenvolvimento dos meios de diagnóstico e de tratamento, sem dúvida um bem, muitas vezes desumanizam o cuidado dos doentes.
Como aprendi há anos atrás numa palestra da Dr.ª Galriça Neto, aqui na Renascença, a missão de quem cuida de doentes é ajudá-los, proporcionando-lhes a cura, se possível, mas não os abandonando, antes lutando pela sua qualidade de vida se o mal é incurável.