Tempo
|

Ribeiro Cristóvão

Bom augúrio

29 jul, 2014

Pelos vistos, os clubes, todos os clubes, reconheceram finalmente que o futebol português caminha para um beco sem saída e que as consequências da crise em que se encontra mergulhado podem vir a transformar-se num desastre de enormes proporções, passível até  de comprometer o futuro.

Essa é, pelo menos, a conclusão que pode retirar-se da reunião realizada ontem na sede federativa, em Lisboa, e que envolveu os três clubes principais, Benfica, Porto e Sporting.
Deu-se, assim, seguimento ao que ficara estabelecido no encontro mais alargado da semana anterior e na qual os três grandes foram particularmente designados para a adopção de medidas que, tomadas a curto prazo, permitam inverter a actual situação que já é, como todos sabemos, caótica.

Da reunião havida neste começo da semana não saíram novidades. Um outro bom sinal. 
O sinal de que os clubes entenderam, finalmente que, mesmo sem fazer soar as trombetas, o trabalho sério urge e que, sem ele, não será possível ir ao encontro de novas soluções.
E nem foi necessário que as figuras máximas dos clubes em presença tomassem parte nos trabalhos, embora isso nos parecesse que seria importante para a tomada das decisões rápidas que o assunto requere.

A tarefa mais urgente passa por resolver o problema da Liga, removendo os obstáculos que ainda estão pela frente, para que assim se dissipem todas as dúvidas quanto ao começo dos campeonatos profissionais marcados para meados do mês de Agosto. 
Entretanto, o Conselho Nacional de Desporto, que reúne amanhã o seu plenário, também poderá vir, em última instância, a ser chamado a intervir nesta questão.

Enfim, parece que se caminha rapidamente ao encontro de soluções definitivas.
Também uma boa maneira de responsabilizar os clubes pela inércia de que deram provas durante meses e anos a fio, e que tornou possível a situação limite a que se chegou.