Há dois anos, quando a TAP esteve a um passo de ser vendida a estrangeiros, muita gente lamentou que o Estado perdesse esta “companhia de bandeira”. E regozijou-se por ter falhado a privatização.
Reconhecendo os benefícios que a TAP tem trazido, até por sermos um país de emigrantes e de turismo, a
acumulação de problemas nesta empresa levanta a dúvida: a TAP ainda vale a pena?
As largas dezenas de atrasos e cancelamentos de voos, em pleno início da época de férias, não abonam a gestão da empresa. E logo vieram os pilotos ajudar à festa,
com um dia de greve a 9 de Agosto.
Criada em 1945, a TAP teve uma vida descansada enquanto duraram as colónias e os seus mercados protegidos. Depois da descolonização, nunca mais a TAP teve uma situação financeira positiva e sustentada. Muito dinheiro dos contribuintes portugueses foi lá metido; a voragem só parou quando a UE a proibiu.
Depois, a TAP procurou, em vão, um “parceiro estratégico”. Entretanto, fracassaram várias tentativas de a privatizar. Afinal, a TAP não é tão atractiva como a pintam. Resta saber como irá o Estado livrar-se dela.
Fique por dentro > 
