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Francisco Sarsfield Cabral

Uma tragédia que se repete

18 jul, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

O Hamas não aceita a existência de Israel. E não hesita em atingir com mísseis o território israelita. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Netanyahou, opõe-se à existência de um Estado palestiniano e vai multiplicando os colonatos judaicos na Cisjordânia, inviabilizando essa hipótese.

Os conflitos sangrentos entre árabes e judeus começaram muito antes de ter surgido o Estado de Israel em 1948. Já os confrontos com o Hamas, que domina a faixa de Gaza, sucedem-se desde que, em 2005, Israel teoricamente desocupou aquele pequeno território (de facto, os israelitas controlam grande parte da vida dos habitantes de Gaza).

Enfrentam-se ali dois extremismos. O Hamas, ao contrário da OLP, que domina a Cisjordânia, não aceita a existência de Israel. E não hesita em atingir com mísseis o território israelita. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Netanyahou, opõe-se à existência de um Estado palestiniano (afirmou-o publicamente ainda há dias). E vai multiplicando os colonatos judaicos na Cisjordânia, inviabilizando essa hipótese.

Houve confrontos violentos entre Israel e o Hamas em 2006, 2008, 2012, 2014… Claro que Israel é militarmente mais forte e por isso morre muito mais gente do lado árabe do que do lado judaico. Os americanos tentaram promover a paz no Médio Oriente e falharam sempre. Paz que está hoje mais longe do que nunca.