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Ribeiro Cristóvão

Respeitar a história

10 jul, 2014

Alemanha e Argentina vão disputar a sua terceira final mundialista.

A história fez valer a sua força e a Argentina voltou a vencer numa semi-final do Campeonato do Mundo.

É a quinta vez que uma selecção do país das pampas alcança essa façanha: a primeira, foi no mundial de 1930, quando venceu os Estados Unidos nas “meias” e perdeu na final com o Uruguai. Em 1978, a jogar em casa, conquistou o seu primeiro título mundial,  à custa da Holanda.

No México 1986, chegou à final após uma vitória sobre a Bélgica, no grande apogeu de Diego Maradona; repetiu essa saga no Mundial de 1990, disputado na Itália, ao afastar a selecção anfitriã e, finalmente, agora em São Paulo, ao deixar pelo caminho a Holanda, após ter conseguido melhor aproveitamento no desempate por grandes penalidades.

Alemanha e Argentina vão também disputar a sua terceira final mundialista, apesar de os argentinos não terem conseguido chegar ao derradeiro desafio desde 1990. Nesse ano venceram os alemães num jogo electrizante realizado no estádio Olímpico de Roma.

Com Maradona em tarde de soberba e inesquecível exibição, a outra final foi ganha em 1986 no majestoso estádio Olímpico da Cidade do México.

Chegou a hora do desempate, num momento em que os germânicos concorrem ao título de campeões munidos de fortes argumentos. A um conjunto de grande qualidade, juntam dois factores que não são irrelevantes: têm mais um dia de descanso, e beneficiam do desgaste dos adversários provocado por um prolongamento em São Paulo que deixou marcas.

Mesmo tendo Messi do seu lado, a Argentina terá de fazer valer outros argumentos para não sair derrotada do novo Maracanã no próximo domingo. É que, à partida, a Alemanha parece reunir melhores condições para receber o caneco das mãos da Presidente Dilma Roussef.

Entretanto, no sábado, Brasil e Holanda disputam os lugares de consolação. Uma boa oportunidade para Scolari e o seu grupo afastarem algumas –apenas algumas- das muitas nuvens negras que continuam acasteladas no imenso céu brasileiro.

[notícia corrigida - Argentina chegou a cinco finais e não a quatro]