Resposta a Putin

A nomeação de Jean-Claude Juncker para presidente da Comissão Europeia pelo Conselho com o voto contrário da Grã-Bretanha e da Hungria (pela primeira vez a nomeação não foi unânime) aumenta as possibilidades de uma saída britânica da União Europeia. O que poderá revelar-se fatal para o futuro de uma integração europeia “en panne”.

Por isso, passaram um tanto desapercebidos os acordos de parceria firmados pela UE com a Ucrânia, a Geórgia e a Moldávia, visando uma zona de comércio livre. Recorde-se que foi a recusa, no fim de Novembro passado e por pressão de Putin, do anterior Presidente da Ucrânia assinar este acordo que desencadeou a revolta em Kiev e noutras cidades.

Aqueles três países ex-soviéticos querem fugir à ambição de Putin de os recuperar para a esfera russa. Aliás, a Rússia já anexou a Crimeia à Ucrânia e fomenta o separatismo no Leste deste país. Como praticamente manda numa parte da Geórgia, a Ossétia do Sul e a Abecásia, que atacou em 2008.

Mais do que económico, o conflito com a Rússia é geopolítico. Resta saber se a Europa e os EUA têm firmeza para travarem as ambições de Putin.