Os enganos dos Estados Unidos

O primeiro-ministro iraquiano, Al Maliki, trava a formação de um governo de salvação nacional. Aliás, a sua recusa de diálogo com os sunitas (que estavam na mó de cima no tempo de Saddam) é um factor do grave conflito que alastra para além das fronteiras iraquianas.

Também no Afeganistão os Estados Unidos tiveram de enfrentar um Presidente teoricamente seu aliado, mas que lhes causou inúmeros problemas – pela corrupção e pelas alianças secretas que fez com vários “senhores da guerra”.

E podemos acrescentar ainda Putin, que Washington durante anos considerou um aliado fiável, que iria levar o seu país para a democracia. A excepção terá sido o Japão, que Mac Arthur transformou após a II Guerra Mundial.

É paradoxal que uma nação de imigrantes, vindos das mais diferentes culturas, revele tão escasso conhecimento dessas mesmas culturas. Viu-se na guerra do Iraque, em má hora lançada por George W. Bush, como os soldados americanos muitas vezes ofendiam involuntariamente as populações locais por ignorarem os seus quadros mentais.

É perigoso para uma superpotência e para o mundo.