Presidente Peroshenko é pró-europeu e parece ser aceite – para já, pelo menos – por Putin
Porventura mais importantes para o futuro da Europa do que as eleições para o Parlamento Europeu foram, também no domingo, as eleições presidenciais na Ucrânia. É um sucesso terem-se realizado, apesar de todas as limitações no Leste do país.
A Crimeia já não faz parte da Ucrânia, de facto, e na cidade de Donetsk os pró-russos não deixaram votar.
Ganhou, à primeira volta, um multi-milionário, Peroshenko, “rei” da indústria do chocolate e dono de uma cadeia de televisão. Foi o único oligarca – como agora se diz – que apoiou os protestos em Kiev contra o anterior Presidente, pró-russo e corrupto. Muito atrás na votação ficou Yulia Timoshenko, antiga primeira-ministra, hoje com uma imagem de escassa lisura.
O Presidente Peroshenko é pró-europeu e parece ser aceite – para já, pelo menos – por Putin. O problema é a Ucrânia estar irremediavelmente dividida. Curiosamente, no Leste do país encabeça a luta contra os pró-russos um outro oligarca.
Não é saudável para a democracia, mas talvez por caminhos tortuosos a democracia acabe por vencer na Ucrânia. Oxalá.