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Ribeiro Cristóvão

Para a história

19 mai, 2014

Os comandados de Jorge Jesus juntam assim o campeonato, a Taça da Liga e a Taça de Portugal, podendo ainda acrescentar-lhe, em Agosto próximo, a Super-Taça, correspondente à temporada finda.

O Benfica despediu-se ontem da temporada iniciada em Agosto do ano passado, encerrando esse ciclo de forma quase brilhante tendo faltado apenas a vitória em Turim, onde cedeu perante o Sevilha, com o clube andaluz a conquistar a sua terceira Taça Uefa ou da Liga Europa, consoante as temporadas em que tiveram lugar esses triunfos.

Trata-se, assim, de uma temporada que vai ficar para a história. E, se recordarmos que o Benfica não lograva alcançar a dobradinha há 27 anos, o feito ontem consumado no Estádio Nacional reveste-se ainda de maior importância.

Os comandados de Jorge Jesus juntam assim o campeonato, a Taça da Liga e a Taça de Portugal, podendo ainda acrescentar-lhe, em Agosto próximo, a Super-Taça, correspondente à temporada finda, se nessa altura voltar a vencer o adversário já determinado, novamente a equipa de Vila do Conde.

Face a todas estas conquistas, todas elas indiscutíveis, não pode deixar de se acentuar o mérito do Benfica. Mesmo tendo em conta o início algo sombrio e titubeante do grupo encarnado, com Jorge Jesus a ser então questionado por uma ampla faixa dos adeptos do emblema da águia, a verdade é que a qualidade dos seus jogadores permitiu que paulatinamente atingisse o comando para daí não mais se afastar até ao ocaso da temporada.

Festejados todos os títulos conquistados, começa agora o tempo de projectar o futuro imediato. Que não se adivinham fáceis, não apenas para o Benfica mas para todos os clubes portugueses, sobretudo para aqueles que habitualmente ocupam os lugares de topo.

Os tempos que aí vêm vão certamente exigir uma gestão mais equilibrada do futebol português.

As dificuldades por que passa o país e, concomitantemente todos os portugueses, não podem continuar a passar ao lado dos clubes que, nos anos da vigência da troika, agora despedida, fizeram de conta que não se passava nada.