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Ribeiro Cristóvão

Pequeno balanço

12 mai, 2014

Os próximos dias, enquanto o futebol não entrar definitivamente em férias, vão ser férteis em notícias oriundas das mais diversas fontes.

Terminado o campeonato, é tempo de começar a adensar as dúvidas em relação àquilo que poderá trazer-nos a nova temporada. Treinadores e jogadores estão já na corda bamba, levantando-se à volta das figuras mais proeminentes as mais variadas especulações.

Os próximos dias, enquanto o futebol não entrar definitivamente em férias, vão ser férteis em notícias oriundas das mais diversas fontes, bastas vezes inócuas, mas todas elas com a pretensão de veicular a verdade e apenas a verdade.

No entanto, virá a propósito passar de relance por um campeonato intenso que chegou ao fim com a justa vitória do Benfica, a qual começara a perfilar-se no horizonte, com toda a segurança, algumas semanas antes. 


O mérito assenta em todo o grupo, a começar pelo presidente, passando pelo treinador e destacando a qualidade de um plantel que permitiu chegar aos objectivos já alcançados.

Em contraponto, a grande desilusão chegou-nos via Futebol Clube do Porto, ao fechar as portas a treze pontos do novo campeão no culminar de exibições a fio sem classe, que nada vieram acrescentar ao prestígio de uma colectividade capaz de acumular sucessos quase incontáveis nas últimas três décadas.

Sem surpresa, o Olhanense despediu-se do escalão principal em consequência de erros sucessivos, que incluíram a escolha de jogadores de fraca qualidade e a insegurança com que conviveram os vários treinadores que foram desfilando pela equipa algarvia.


Veremos se o histórico clube de Olhão vai ser capaz de se renovar o suficiente para poder voltar depressa à primeira divisão.

Outro histórico, o Belenenses, teve melhor sorte ao conseguir manter-se entre os grandes.

As incertezas que marcaram a equipa só na ronda final ficaram desfeitas por uma vitória preciosa no Restelo e pela conjugação com outros resultados que, à mesma hora, se iam registando noutras paragens.

Uma nota final para o Paços de Ferreira. Vindo de uma época fulgurante que lhe permitiu, inclusive, uma inédita participação na Liga dos Campeões, deixa um exemplo muito forte para aqueles que, menos preparados e dispondo de condições mais reduzidas, colocam nos seus percursos, como metas ambiciosas, a chegada às competições da Uefa.

Infelizmente, os pacenses não constituíram, neste aspecto, o único exemplo destes últimos anos. Basta consultar as estatísticas.