O ar tornou-se irrespirável em muitas das suas cidades chinesas. Pequim começa, por isso, a alterar a sua posição face às medidas de defesa do ambiente.
O fulgurante crescimento da economia chinesa ao longo dos últimos vinte anos teve um custo: altíssimos níveis de poluição.
A China mostrou-se relutante durante muito tempo a tomar medidas de defesa do ambiente no quadro de compromissos internacionais. Argumentavam os dirigentes chineses que a Grã-Bretanha da Revolução Industrial, a Alemanha do final do séc. XIX, os Estados Unidos um pouco depois, etc., poluíram à vontade, porque nessa altura ninguém se preocupava com o problema; na sua perspectiva, a China teria direito a poluir por partir de um baixo nível de crescimento.
A atitude chinesa está a agora mudar, porque o ar em muitas das suas cidades já se tornou irrespirável e a população começa a revoltar-se contra essa situação. Um ministro chinês disse ao “Financial Times” que “a China vai tomar medidas, não só para proteger a vida e a saúde da sua população como também contribuir para os esforços globais de combate às alterações climáticas”.
E, de facto, foi há dias publicada na China a Lei de Protecção do Ambiente. Mais vale tarde do que nunca.