E datas?

A realização dos jogos que faltam para completar o calendário da Taça da Liga não passa, a partir de agora, de um mero acto de boas intenções.

Apurado nesta quinta-feira o Rio Ave para a final, marcada para o dia 26 de Abril, acontece que o clube vila-condense não tem adversário, pela simples circunstância de as meias-finais terem encalhado em processos de secretaria que vão ainda demorar algum tempo a chegar ao fim.

Era previsível esta situação desde que foi desencadeado o protesto levado a cabo pelo Sporting, inconformado com o facto de o seu jogo em Penafiel ter chegado ao fim bem mais cedo do que aquele que, à mesma hora, deveria ter começado no estádio do Dragão.

Recuperando rapidamente o histórico recente, é oportuno recordar que a Comissão de Inquéritos da Liga condenou o FC Porto em primeira instância, tendo o processo transitado para o Conselho de Disciplina da Federação que, sobre o mesmo, deverá emitir decisão na próxima terça-feira.

E, depois, daí, tudo aponta para que o caso transite para o Conselho de Justiça, ao qual competirá um último veredicto, portanto sem possibilidade de recurso.

Colocada perante este quadro, o que vai fazer a Liga de Clubes, responsável pela organização da Taça? A pergunta é legítima, porquanto não há datas disponíveis no calendário de competições como, de resto, já aqui avisáramos há algum tempo.

O campeonato, a Taça de Portugal, a Liga Europa e os jogos já previstos para a preparação da selecção, constituem um forte obstáculo para que seja encontrada uma solução consensual.

E assim sendo, é caso para duvidar que esta não venha a ser a morte anunciada da tão mal-amada Taça da Liga.