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Francisco Sarsfield Cabral

A desunião energética da UE

22 jan, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

Bruxelas desistiu de fazer adoptar uma posição comum sobre o gás de xisto. O chamado “fracking” (perfurar rocha e injectar nela várias substâncias químicas para fazer sair o gás) torna a energia mais barata, mas os riscos são grandes. EUA são grandes produtores.

A União Europeia não consegue harmonizar minimamente as políticas energéticas dos Estados-membros. Por exemplo, a Alemanha lida directamente com a Rússia para se abastecer de petróleo e gás; e vai encerrar as suas centrais nucleares.

Agora, a Comissão Europeia desistiu de fazer adoptar uma posição comum da UE sobre o gás de xisto.

O chamado “fracking” (perfurar rocha e injectar nela, a alta pressão, várias substâncias químicas, para fazer sair o gás) tornou já os Estados Unidos um grande produtor, reduzindo a sua dependência do exterior em petróleo e gás. E tornando a energia mais barata para as suas empresas.

Na Europa as empresas queixam-se da energia cara. Aqui também contam os subsídios dados às renováveis (eólicas, sobretudo), que tendem a diminuir para embaratecer o preço da electricidade.

Mas os riscos de poluição do “fracking” levaram a França a proibi-lo; os alemães proíbem-no em zonas de águas subterrâneas. Já Cameron considera irracionais esses receios e vai avançar em força nessa via, apoiado pela Polónia e outros países do Leste. É cada um por si.