Tempo
|

Francisco Sarsfield Cabral

A paz difícil

21 jan, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

É donde menos se espera que, por vezes, aparecem as dificuldades aos esforços de paz. E, no Médio Oriente, a situação só tem vindo a piorar.

A situação no Médio Oriente tem vindo a piorar. No Iraque, após a guerra e a retirada americana, os conflitos étnico-religiosos aumentam. A Turquia, membro da NATO, mostra-se um aliado menos fiável do que no passado, quando se esperava do país um decisivo papel de mediador entre o Ocidente e o mundo islâmico.

Na Síria continua a tragédia da guerra civil, apesar dos esforços diplomáticos. O Egipto voltou à estaca zero, isto é, à “democracia musculada” dirigida por militares, como no tempo de Mubarak. E, apesar dos esforços do Secretário de Estado americano John Kerry, israelitas e palestinianos continuam longe de um entendimento mínimo.

Já o Irão suscita algumas esperanças: os iranianos começaram ontem a reduzir o enriquecimento de urânio, parecendo travar o passo para a produção de armas nucleares. Só que os congressistas de Washington desconfiam da boa-fé do Irão e (incluindo democratas) poderão impor novas sanções a esse país, em vez de as aliviar, como ficou acordado.

As dificuldades que se levantam aos esforços de paz surgem, por vezes, de onde menos se espera.