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Francisco Sarsfield Cabral

Para além do trabalho

17 jan, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

Um estagiário alemão do Bank of America morreu no ano passado em Londres com uma crise de epilepsia potenciada por um excesso de horas de trabalho. Os bancos querem agora evitar a má imagem. Mas há outro motivo para darem mais tempo livre aos jovens funcionários.

O banco Crédit Suisse aconselhou os seus jovens funcionários a evitarem trabalhar ao sábado. Não é o primeiro grande banco a lançar avisos contra o excesso de trabalho dos colaboradores mais novos. O JPMorgan, o Goldman Sachs e o Bank of America, entre outros, já tomaram iniciativas semelhantes.

Um estagiário alemão do Bank of America morreu no ano passado em Londres com uma crise de epilepsia, potenciada por um excesso de horas de trabalho. O que desencadeou uma campanha contra a “cultura de trabalhar cem horas semanais”, corrente no sector bancário, incluindo em Portugal.

Os bancos querem, agora, evitar a má imagem dada por essa exploração de jovens e ambiciosos empregados.

Os bancos têm outro motivo para darem mais tempo livre aos jovens funcionários: não lhes podem pagar bónus tão altos como no passado – mas não querem perder novos talentos.

A verdade é que, quase sempre, não interessa trabalhar mais (sacrificando tudo o resto), mas trabalhar melhor, sem exageros. Não é o elogio da preguiça, mas há vida para além do trabalho.