Mini-mercado

Por cá, com os cofres vazios, os clubes, sobretudo os grandes clubes, não dispõem de  condições para que se repitam negócios que noutros tempos permitiram renovar a face de vários plantéis, e reforçar-lhes a capacidade para a segunda metade da temporada.
Por enquanto, apenas o regresso de Quaresma ao FCPorto se apresenta como excepção, não sendo provável que se vá além disso.

Ao contrário, a intenção é a de tentar reduzir gastos que para alguns se estão a tornar cada vez mais incomportáveis e, ao mesmo tempo, captar receitas que ajudem a minimizar situações caóticas que afectam, de forma galopante, as tesourarias de uma parte muito significativa dos nossos clubes.

Do Benfica acaba de chegar o mais recente exemplo através de uma muito esclarecedora entrevista do seu Presidente.
 Luís Filipe Vieira evitou, no último Verão, rupturas num grupo que aparentava ser de grande qualidade para com ele atacar as várias competições em que iria envolver-se, sobretudo a Liga dos Campeões Europeus.

Esse esforço não veio, entretanto, a ser compensado pelo que a solução mais plausível é, agora, a de abrir a porta e permitir a saída de jogadores que possam trazer ao clube da Luz algum alívio na sua elevada folha salarial.

Sabendo-se que o Sporting não se mostra disponível para a contratação de novos jogadores, que o FCPorto recuperou Quaresma a custo zero, e que todos são mais vendedores do que compradores, podemos apenas, e pela primeira vez, falar de um mini-mercado, neste Janeiro.

Lá para o fim do mês haverá certamente maiores movimentações.
Mas envolvendo apenas nomes de segunda linha, e montantes pouco significativos.
Há, quem, felizmente, comece a descer à terra e a enfrentar a realidade que vinha a ser teimosamente ignorada há muito tempo.