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Francisco Sarsfield Cabral

O regresso dos nacionalismos

27 dez, 2013

O nacionalismo está afirmar-se dentro da própria União Europeia, cujo funcionamento é cada vez mais intergovernamental e menos comunitário. Aí, naturalmente, manda o país mais forte – a Alemanha.

O retorno do nacionalismo faz-se sentir, também, no interior dos Estados europeus plurinacionais, casos sobretudo da Catalunha, em Espanha, e da Escócia, na Grã-Bretanha. A unidade desses Estados pode estar em causa.

Mas o nacionalismo manifesta-se igualmente fora da Europa. É nacionalista, e não comunista, a ideologia que anima o governo chinês. O Japão não lhe fica atrás.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, visitou um santuário de guerra em Tóquio, onde estão enterrados soldados japoneses mortos na II Guerra Mundial, incluindo alguns que foram depois executados como criminosos de guerra.

A China e a Coreia do Sul (que sofreram violentamente no passado às mãos dos chineses) protestaram com veemência.

E o actual conflito entre a China e o Japão em torno de umas ilhas desabitadas, bem como sobre alegadas zonas aéreas exclusivas, estimulam o nacionalismo nos dois países.