Privacidade e espionagem

10 dez, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

Google, Microsoft e Apple são algumas das grandes empresas que condenam o acesso dos serviços secretos aos dados dos seus clientes. Não deixa de ser curiosa esta preocupação pela privacidade, quando tanta gente a expõe na internet.

Oito grandes empresas que operam na internet (Google, Microsoft, Apple, Yahoo, Facebook, Twitter, AOL e Linkedin) pediram às autoridades que limitem a espionagem, posta a descoberto pelos documentos secretos revelados por Edward Snowden.

Em particular, essas empresas reclamam não ser obrigadas a revelar dados por elas armazenados e condenam o acesso a tais dados sem o seu conhecimento (como já aconteceu).

A iniciativa destas empresas decorre sobretudo do receio de perderem clientes, por falta de confiança na confidencialidade do que colocam nas redes sociais. E vários governos fora dos Estados Unidos ameaçam desencorajar a utilização de empresas americanas na net. Entretanto, está em curso uma revisão dos meios usados pelos serviços secretos americanos.

Confesso o meu cepticismo quanto a restrições que venham a surgir: serão provavelmente ladeadas pelos serviços secretos. Aliás, todos os países procuram espiar os outros – só que os EUA têm meios técnicos muito mais poderosos do que os outros.

E é curiosa esta preocupação pela privacidade, quando tanta gente a expõe na net.