Ideologia do género

a dimensão sexual, masculina e feminina é constitutiva da pessoa. Não é uma mera construção mental e social, que conviria combater, como pretende a chamada ideologia do género.

É este o tema de uma Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, cuja leitura recomendo. Esta Carta desmonta com clareza e profundidade uma ideologia que alastra nas nossas sociedades, muitas vezes sem nos darmos conta do que está em causa.

No fundo, trata-se do relativismo que leva a uma concepção débil da pessoa, como disse Bento XVI. Nesse quadro nega-se que a diferença sexual inscrita no corpo possa ser factor essencial da identidade da pessoa. Para a ideologia do género, a natureza – como o masculino e o feminino - não conta, tudo é cultura e construção social, susceptível de ser desconstruída.

Também com base nesse relativismo, acrescento eu, alguns defendem que um chimpanzé adulto tem mais valor do que um bebé. É abrir a porta à barbárie.