Exportações sustentáveis?

Há uns cinco anos, muita gente andava entusiasmada com a Quimonda, que produzia semicondutores em Vila do Conde – era uma grande exportadora. Pouco depois a empresa faliu, mas o dano para as exportações não foi dramático, pois era escasso o valor acrescentado em Portugal pela Quimonda. O que interessa são as exportações líquidas de importações.

Um estudo de três economistas do Banco de Portugal investigou o conteúdo importado da procura global no nosso país. Por exemplo, em 2008 esse conteúdo era quase metade do valor exportado.

As exportações portuguesas cresceram 5,8% no terceiro trimestre deste ano, em relação a igual período de 2012. Foram os combustíveis e lubrificantes que mais subiram: 30%. É o resultado, positivo, dos investimentos realizados na refinaria de Sines.

Mas há aqui dois senãos. O primeiro é que o conteúdo importado dos produtos refinados anda pelos 80%. O segundo é a possibilidade de surgirem, em Espanha ou em Marrocos (principais destinos das nossas vendas de combustíveis e lubrificantes), novas refinarias que inviabilizem importar de Portugal.