Esperanças de moderação

Como a crise orçamental nos Estados Unidos foi apenas adiada, já recomeçaram as movimentações com vista ao novo confronto, que acontecerá nos próximos dois meses.

O factor principal desta crise, que preocupa todo o mundo e não apenas os americanos, é a total intransigência da facção extremista do Partido Republicano, o Tea Party, que não aceita qualquer aumento de impostos, nem sobre os muito ricos (que até dizem querer pagar mais, por uma questão de justiça e de coesão social).

Sendo embora uma minoria, o Tea Party exerce uma desproporcionada influência no Partido Republicano, mobilizando-se nas eleições primárias para afastar candidatos moderados.

Mas as coisas podem mudar. Há dias foi reeleito o governador de New Jersey, um republicano moderado. E o extremismo do Tea Party afastou dos Republicanos o voto da maioria dos hispânicos.

Verificando que o radicalismo prejudica o partido eleitoralmente, começam a multiplicar-se as vozes de dirigentes republicanos apelando à moderação. É uma esperança para desbloquear o sistema político americano.