EUA: de crise em crise

A crise orçamental americana foi adiada: até 15 de Janeiro, quanto ao próximo orçamento (não existe nos Estados Unidos o nosso sistema de duodécimos do ano anterior, quando não há orçamento aprovado); e até 7 de Fevereiro, quanto ao tecto da dívida pública (que nos EUA tem que ser aprovado no Congresso). Portanto, nada de fundo ficou resolvido.

Neste acordo intercalar perderam politicamente os republicanos e, em especial, a sua ala radical (Tea Party). Há quem fale, até, numa possível dissidência no Partido Republicano, com os extremistas a formarem um novo partido.

A imagem dos republicanos só é positiva para 24% dos inquiridos.

Mas Obama e o Partido Democrático também não saem bem desta crise. A lei da Saúde de Obama já entrou em vigor, mas os radicais do Partido Republicano queriam aproveitar esta crise para lhe cortarem o financiamento.

Para já não o conseguiram, mas a maioria do povo dos Estados Unidos não gosta da lei, dizem as sondagens. Para um grande orador como é Obama não ter conseguido convencer os americanos quanto à sua principal reforma é uma derrota.