A violência da repressão contra os manifestantes no Egipto não augura uma futura coexistência pacífica entre o Islão e a democracia.
Felizmente com menos violência, na Tunísia (onde nasceu a “primavera árabe”) prosseguem os confrontos entre islâmicos, que querem impor a “sharia” como lei, e os adeptos da separação entre religião e Estado.
Na Turquia até há anos parecia caminhar-se nessa direcção, mas agora as dúvidas multiplicam-se; parece que Erdogan quer islamizar o regime.
Entretanto, já pouco se fala da pior das tragédias, a da Síria. Bashar al Assad parece em vias de ganhar a guerra civil, à custa de enormes mortandades, que levam à emigração de milhões de sírios. Mas as guerrilhas que combatem Assad não se entendem entre si; e algumas delas estarão ligadas a Al-Qaeda.
Também o Iraque saiu da primeira linha da actualidade informativa. No entanto, a guerra entre xiitas e sunitas prossegue ali com sucessivos e sangrentos atentados.
Como se receava, a invasão do Iraque pelos americanos nada resolveu. Foi uma guerra inútil, que fez demasiados mortos.