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Francisco Sarsfield Cabral

A Grécia na estaca zero

05 ago, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

Após seis anos de profunda recessão FMI sugere mais dinheiro e segundo perdão para Atenas, mas será difícil que Alemanha, Finlândia e Holanda aceitem.

Na semana passada, o ministro das Finanças da Grécia referiu sinais positivos recentes na situação financeira e económica do seu país. Mas, depois, o Fundo Monetário Internacional desfez qualquer sombra de optimismo.

O FMI não acredita que o segundo resgate à Grécia atinja os seus objectivos. E disse que os países da Zona Euro têm de emprestar mais dinheiro aos gregos (11 mil milhões de euros) e assumir um novo perdão da dívida grega (7,4 mil milhões), envolvendo agora a dívida detida por instituições públicas, que não foram afectadas pelo anterior perdão (no qual os privados, como em Portugal o BPI e o BCP, perderam mais de metade do seu investimento).

Emprestar mais dinheiro à Grécia e um segundo perdão tinham sido, dias antes, hipóteses rejeitadas pela Chanceler Merkel e pelo seu ministro das Finanças Schauble.

Duvido que Berlim mude de opinião depois das eleições de 22 de Setembro. E que países como a Finlândia ou a Holanda aceitem as propostas do FMI.

Após seis anos de brutal recessão, o problema da Grécia volta à estaca zero, mantendo em risco o euro.