A iniciativa é americana e não faltarão pontos de grande divergência com a Europa, mas a União Europeia cometerá um erro fatal se não aproveitar esta oportunidade para relançar a sua economia. Não haverá outras.
Começaram esta semana, em Washington, as negociações entre os Estados Unidos e a União Europeia para criar a maior zona de trocas livres o mundo.
Aliás, o projecto não se limita à eliminação de direitos alfandegários entre os dois lados do Atlântico Norte – inclui, ainda, a uniformização das normas de protecção do ambiente e de saúde pública, das regras de regulação (nas telecomunicações, na energia, etc.) e muitos outros obstáculos não pautais que dificultam o comércio transatlântico.
O projecto é de iniciativa americana, que mostra não estarem os EUA apenas interessados no Pacífico. É um projecto muito ambicioso – como se viu com a exigência francesa de, à partida, excluir o audiovisual das negociações.
E não faltarão pontos de grande divergência entre americanos e europeus, desde a posição face aos organismos geneticamente modificados (aceites nos EUA, mal vistos na Europa) até ao proteccionismo do Congresso de Washington.
Mas a UE, no estado em que se encontra, cometerá um erro fatal se não aproveitar esta oportunidade para relançar a sua economia. Não haverá outras.