O novo líder da UGT disse que a sua central sindical e a CGTP convergem em mais de 90% de reivindicações. Convergência, aliás, em que Carlos Silva prometera desde o início empenhar-se.
Mas há limites – e o líder da UGT reconheceu-os. A CGTP quer destruir o capitalismo e por isso nunca assinou qualquer acordo de concertação social; a UGT tem uma ideologia reformista.
Não falta quem ache dramático que as duas centrais celebrem em separado o 1º de Maio. Mas porquê, se são diferentes? É dividir os trabalhadores, dizem alguns.
Então, também será dividir os portugueses existirem diversos partidos políticos. Aliás, hoje as duas centrais estão hoje mais obedientes do que nunca à linha dos partidos que as patrocinam, PCP (a CGTP) e PS (a UGT).
Em democracias pluralistas como a francesa ou a italiana, por exemplo, existem várias centrais representando os trabalhadores. E convinha recordar que a luta do PS, de Mário Soares e de Manuel Alegre nomeadamente, contra a ameaça de uma ditadura comunista em 1975 começou pela contestação da unicidade sindical que o PCP queria impor.