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Francisco Sarsfield Cabral

A cultura inglesa no futebol

09 mai, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

Venho hoje venho meter-me no domínio do meu colega e amigo António Ribeiro Cristóvão, porque me impressiona a longa permanência dos treinadores em alguns clubes ingleses.

Na bolsa de Londres, as acções do Manchester United caíram ontem mais de 4%. Motivo: a saída de Sir Alex Ferguson, há 26 anos no clube, 17 dos quais como treinador principal, e que agora encerra a sua brilhante carreira.

Por uma vez, venho meter-me no domínio do meu colega e amigo António Ribeiro Cristóvão, porque me impressiona a longa permanência dos treinadores em alguns clubes ingleses, que não usam a “chicotada psicológica” (tão habitual entre nós) quando sofrem meia dúzia de maus resultados.

Ferguson (um escocês de origem modesta que a Rainha Isabel II elevou à categoria de Sir, o que é significativo) nem sequer é caso único no Manchester United. Matt Busby, por exemplo, foi treinador da primeira equipa de futebol do clube entre 1945 e 1969 – nada menos de 24 anos…

Curioso é também o caso do francês Arsène Wenger, um estrangeiro que treina o londrino Arsenal desde 1996. E lá continua, apesar de o seu clube não ter ganho nada de relevante no futebol desde 2005.

Não custa a perceber, assim, a atracção que José Mourinho manifesta pela cultura futebolística inglesa.