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Francisco Sarsfield Cabral

O Islão e a democracia

30 abr, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

São vários os exemplos de desrespeito pelos direitos humanos e as esperanças de uma Primavera Árabe já se desvaneceram.

Sabe-se como é difícil implantar a democracia em países dominados pelo Islão, que não distingue claramente entre Estado e religião.

No Iraque, onde os Estados Unidos de George W. Bush desencadearam uma guerra sangrenta, o único progresso foi americanos terem livrado os iraquianos do tirano Saddam Hussein. Entretanto, prosseguem os conflitos religiosos, mas armados, entre islâmicos xiitas e sunitas.

No Egipto já se desvaneceram as esperanças de uma “primavera árabe”. Quem critica o Islão corre ali sérios riscos.

O Presidente Morsi, da Irmandade Muçulmana, incitou publicamente os pais a educarem os filhos no ódio aos judeus. E os feridos pela polícia nas recentes manifestações foram tratados e operados nos hospitais egípcios sem anestesia, por ordem dos militares. Uma brutalidade inqualificável.

Na Turquia, país não árabe mas de maioria muçulmana, a democracia parecia sólida, apesar de o partido no poder ser islâmico, mas moderado. Só que se multiplicam as prisões de turcos, sobretudo jornalistas, por alegadas ofensas ao Islão.

Não é fácil a desejável democracia em países islâmicos.