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Francisco Sarsfield Cabral

Irracionalidade na Coreia do Norte

11 abr, 2013 • Francisco Sarsfield Cabral

Face às ameaças, o Japão já instalou mísseis defensivos e a Coreia do Sul e os Estados Unidos andam em movimentações militares. Mas Seul acredita pouco que Pyongyang passe à prática. Será?

Já passaram várias semanas e a situação de risco iminente persiste com as ameaças da Coreia do Norte. Pyongyang iniciou as suas provocações militares em resposta, por um lado, às sanções decididas pelo Conselho de Segurança, por outro lado, como protesto contra as manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na zona, que acabam no fim deste mês.

A Coreia do Norte avisou as embaixadas estrangeiras para retirarem o seu pessoal e advertiu que os estrangeiros devem sair de Seul, capital da Coreia do Sul, “para não serem atingidos por uma guerra termo-nuclear”.

O Japão instalou mísseis defensivos (interceptam mísseis atacantes) no seu território.

Na Coreia do Sul, os dirigentes políticos e militares manifestam uma notável calma. Interpretam as ameaças do Norte como provocações para consumo interno. E, de facto, é irracional a Coreia do Norte lançar um ataque nuclear, pois seria imediatamente arrasada.

Mas pode-se confiar na racionalidade dos líderes norte-coreanos? Essa é a dúvida crucial.