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Candidato à sucessão de Barroso promete crescimento económico e emprego

23 abr, 2014 • Daniel Rosário

Jean-Claude Juncker, apoiado por PSD e CDS, apresentou, em Bruxelas, as linhas gerais do seu programa. A 17 e 18 de Maio visita Portugal.

O candidato do Partido Popular Europeu (PPE) à presidência da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, apresenta-se como o único capaz de levar a Europa a ultrapassar as divisões deixadas pela crise económica dos últimos anos.

A um mês das eleições para o Parlamento Europeu (PE), o candidato do centro-direita, que, em Portugal, é apoiado pelo PSD e pelo CDS, apresentou, em Bruxelas, as linhas gerais do seu programa.

A prioridade é o crescimento económico e a criação de emprego e passa, também, por aprender com os erros do passado. Caso seja preciso preparar novos programas de ajustamento, Juncker promete que, além da sustentabilidade orçamental, os mesmos serão acompanhados de um estudo de impacto social e discutidos no PE e no parlamento do país em causa.

“A crise dividiu a Europa. Norte contra Sul, Leste contra Ocidente. E ainda entre os defensores da austeridade e os defensores do crescimento. Estou convencido de que tenho a experiência para reunir a Europa depois desta crise”, disse Juncker.

O ex-primeiro-ministro do Luxemburgo puxa ainda dos galões de ex-presidente do Eurogrupo para avançar com uma série de propostas visando o reforço da capacidade internacional da zona euro, nomeadamente, através da criação de um assento único no Fundo Monetário Internacional.

Juncker garante que a questão britânica será uma das suas prioridades, afirmando que, se quiser manter Londres no seu seio, a União Europeia terá que ser capaz de aceitar as exigências do Reino Unido, desde que estas não ponham em causa o projecto europeu.

Esta declaração constitui uma forma de tentar "seduzir" David Cameron, que se perfila como uma dos maiores entraves à caminhada de Juncker para a presidência da Comissão Europeia.

O candidato do PPE vai agora percorrer os 28 países da União. A 17 de Maio, estará no Porto e, no dia seguinte, em Lisboa, para assinalar o fim do programa de ajustamento português.