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ONU denuncia massacre étnico no Sudão do Sul

21 abr, 2014

Os ataques tiveram como alvo um hospital, uma mesquita e uma igreja católica da cidade de Bentiu, onde está instalado um complexo petrolífero.

ONU denuncia massacre étnico no Sudão do Sul

Centenas de civis foram assassinados na última semana pelos rebeldes no Sudão do Sul, um massacre étnico denunciado esta segunda-feira pela missão das Nações Unidas no país (UNMISS, na sigla inglesa).

Os ataques tiveram como alvo um hospital, uma mesquita e uma igreja católica da cidade de Bentiu, onde está instalado um complexo petrolífero.

De acordo com os investigadores da UNMISS, os rebeldes “foram a vários locais onde sudaneses do sul e outros civis estrangeiros se tinham refugiado e mataram centenas de civis, após determinarem a sua etnia e nacionalidade”.

A missão da Nações Unidas condenou os ataques, que ocorreram nos dias 15 e 16 de Abril, e a utilização de uma estação de rádio local para difundir mensagens de ódio.

Enquanto alguns comandantes rebeldes apelaram à união, “outros proferiram mensagens de ódio, declarando que certos grupos étnicos não devem ficar em Bentiu e até apelaram aos homens de uma comunidade para cometer actos de violência sexual contra as mulheres da outra comunidade”, refere a UNMISS, em comunicado.

Mais de um milhão de pessoas fugiram das suas casas no Sudão do Sul desde Dezembro do ano passado, quando começaram os combates entre as tropas do Presidente Salva Kiir e os rebeldes leais ao ex-vice-presidente Riek Machar.

Os confrontos dos últimos meses exacerbaram as tensão entre as etnias Dinka, do Presidente Salva Kiir, e Nuer, do antigo governante Riek Machar.