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Estados Unidos atentos a um eventual ataque químico na Síria

13 abr, 2014

Ataque terá ocorrido na sexta-feira. A guerra civil no país já dura há mais de dois anos. Morreram mais de 150 mil pessoas.

Os Estados Unidos estão a estudar os relatórios sobre um alegado ataque químico ocorrido na sexta-feira, na Síria, e farão "tudo ao seu alcance" para confirmar as denúncias sobre o regime e a oposição, antes de considerar uma possível resposta, disse a embaixadora dos Estados Unidos na ONU.

"Estamos a tratar de analisar isto. Por agora, não há nada confirmado", disse Samantha Power, numa entrevista à ABC News.

No sábado, o Governo e a oposição na Síria trocaram acusações sobre o alegado ataque químico ocorrido na sexta-feira, na localidade de Kafr Zita, na província central de Hama, onde pelo menos duas pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Setembro passado, chegou a ameaçar fazer uma intervenção militar na Síria, acusando o regime de utilizar armas químicas contra civis, mas acabou por renunciar a essa ideia, depois de se ter alcançado um acordo diplomático para entrega e destruição do arsenal químico sírio.

Questionada sobre se Obama poderia voltar a ponderar uma intervenção militar, Samantha Power limitou-se a dizer que "o Presidente deixou muito claro quão alarmante considera o uso de armas químicas" e recordou que até agora "se tem conseguido retirar e destruir mais de metade das armas químicas da Síria".

O Governo de Bashar al-Assad atribuiu o sucedido a "terroristas" da Frente al-Nusra, ligada à Al Qaeda, que terão levado a cabo o alegado ataque com gás de cloro, segundo a televisão oficial.

Por seu lado, a principal aliança política da oposição, a Coligação Nacional Síria, acusou as forças do regime de terem usado gases tóxicos e outras substâncias num bombardeamento em Kafr Zita.

Uma missão conjunta da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) está encarregada de retirar esse armamento da Síria para destruição no mar.

A guerra civil no país já dura há mais de dois anos. Morreram mais de 150 mil pessoas.