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Estados Unidos muito preocupados com situação na Ucrânia

12 abr, 2014

Forças pró-russas estão em três cidades ucranianas.

A Casa Branca está “muito preocupada” com as novas acções militares russas na Ucrânia. O vice-presidente Joe Biden vai encontrar-se com o Executivo ucraniano a 22 de Abril.

“Estamos muito preocupados com a campanha concertada que decorre no leste da Ucrânia por parte de separatistas pró-russos, aparentemente com o apoio da Rússia, que estão a incitar a violência e a sabotagem para destabilizar o estado ucraniano”, disse Laura Lucas Magnuson, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança.

A mesma fonte acrescenta que os Estados Unidos “viram actividades semelhantes na Crimeia antes da anexação russa”.

A administração Obama exorta “o Presidente Putin e o seu Governo a parar todos os esforços de destabilizar a Ucrânia” e alerta contra “novas acções militares”.

O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, já convocou uma reunião de emergência do Conselho Nacional de Segurança depois de incidentes com forças pró-russas em, pelo menos, três cidades ucranianas.

Já o Ministério do Interior ucraniano considerou que a Rússia está a praticar um acto de agressão contra o país, garantindo que há unidades a “responder a ataques”.

Segundo a mesma fonte, há homens armados a caminho do quartel da polícia de Kramatorsk, que terá sido tomado por forças pró-russas.

Um grupo armado pró-russo montou barricadas nas estradas de acesso à cidade de Slaviansk, no leste da Ucrânia. A informação é confirmada à Reuters por testemunhas que adiantam que pelo menos uma bandeira russa foi hasteada. Noutro local está uma bandeira dos separatistas.

Já em Donetsk demitiu-se o chefe da polícia local, como era exigido pelos manifestantes pró-russos. No quartel, a bandeira ucraniana foi substituída pela bandeira dos separatistas. “De acordo com as vossas exigências, demito-me”, disse Kostyantyn Pozhydayev aos manifestantes.

A situação entre a Rússia e a Ucrânia deteriorou-se desde o momento em que o presidente Yanukovich foi deposto após protestos e a Crimeia, uma região ucraniana ocupada maioritariamente por russos, voltou a ser anexada por Moscovo.