Tempo
|

Só numa escola não houve prova de professores

22 jul, 2014 • Fátima Casanova

Escola secundária de Oliveira do Douro, em Gaia, foi a excepção ao cenário geral.

Só numa escola não houve prova de professores
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, classificou hoje a prova de avaliação dos professores como "uma aberração" que reflecte "a prepotência do Governo" e a "falta de respeito" pelos professores e sindicatos. Arménio Carlos falava à porta da Escola Básica 2,3 Quinta de Marrocos, em Benfica, Lisboa, onde decorreu uma reunião sindical e cerca de 50 professores fizeram a prova. O PCP também esteve presente, em "solidariedade" com os docentes, no protesto contra esta "prova de humilhação".
A escola secundária de Oliveira do Douro, em Vila Nova de Gaia, foi a excepção ao cenário geral: em 88 escolas, esta foi a única onde a prova de acesso à carreira docente não aconteceu, apurou a Renascença.

Em Oliveira do Douro, cerca de 50 docentes não realizaram a prova porque os professores vigilantes faltaram. Justificaram a falta com a participação no plenário convocado pelos sindicatos e que decorreu noutra escola do mesmo agrupamento.

"De 88 escolas em que a mesma estava prevista, apenas numa não foram concretizadas as condições para a sua realização, por insuficiências internas que a Inspecção-Geral de Educação e Ciência está a verificar", diz o Ministério da Educação em comunicado.

"Em cinco outras escolas, alguns manifestantes pretenderam, embora sem suceso, pressionar os professores vigilantes e perturbar os candidatos. São incidentes que não dignificam a classe docente e sabemos bem que os professores não se revêem nessas atitudes", refere a nota do ministério de Nuno Crato, divulgada pelas 18h15.

Os números globais provisórios do Ministério da Educação indicam que, dos 4120 candidatos inscritos, 2745 marcaram presença e 1325 faltaram.

O Sindicato dos Professores do Norte (SPN), membro da Fenprof, diz que na escola secundária de Amares os examinados foram deslocados para a cantina e que foi a direcção da escola que garantiu a vigilância da prova.

Em Guimarães, na escola básica D. Afonso Henriques, o exame teve início hora e meia depois da hora marcada, disse o SPN.