25 abr, 2014 • Sandra Afonso
O Oceanário de Lisboa é um dos poucos equipamentos herdados da Expo 98 que dá lucros e deverá ser concessionado até 2015. De acordo com o relatório da Comissão Europeia, relativo à 11ª avaliação do resgate a Portugal, está prevista a concessão da exploração desta infra-estrutura da responsabilidade da Parque Expo para gerar receitas para o Estado.
Há um ano a ministra Assunção Cristas, na altura com a tutela, garantiu que o Oceanário seria mantido na esfera pública, pela sua função relevante ao nível da economia do mar.
Agora quem decide é o Ministério do Ambiente que, em resposta à Renascença, garante que a concessão do Oceanário está prevista no âmbito do processo de liquidação da Parque Expo, "em termos que terão de assegurar e garantir o interesse público, a investigação, a divulgação científica, a sensibilização ambiental e a valorização dos recursos do mar".
O Oceanário já conta 16 anos. Nem tudo o que foi herdado da Expo 98 dá lucro, mas este equipamento tem mantido resultados positivos, mesmo que beliscados durante alguns anos pela crise.
Em 2007 apresentou pela primeira vez resultados acima de um milhão de euros e manteve-se acima dessa barreira até 2012, últimos dados publicados pela Parque Expo.
Há dois anos a queda do consumo e o agravamento do IVA nos bilhetes, de 6% para 23%, foi sentido nas entradas e nas receitas. Os resultados acabaram por cair mais de 30%, ainda assim ficaram apenas ligeiramente abaixo de 1 milhão de euros. Em 2012 o Oceanário registou mais de 900 mil visitas.
Os últimos anos ficam ainda marcados pela expansão do equipamento, com novos espaços de exposição, concluída em 2011.
Só o tanque central, com mais de cinco milhões de litros de água, custou 56 milhões de euros e já beneficiou de novo investimento de cinco milhões. Está agora avaliado em 40 milhões de euros.
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