Tempo
|

Hospital nega pedido de médicos a pais para que comprem medicamentos

24 abr, 2014

Denúncia partiu da Associação Acreditar. Margarida Cruz diz que há pais de crianças internadas a quem os médicos mandam comprar medicamentos.

O Hospital Pediátrico de Coimbra nega qualquer tipo de racionamento na unidade.

A garantia, prestada à Renascença, surge depois da denúncia feita pela Associação Acreditar que apoia crianças com doenças oncológicas.

“Tenho conhecimento directo através dos pais que acontece nalguns casos. São crianças internadas que os médicos mandam comprar medicação fora. Não é medicação de tratamento directo de cancro, mas outros, como Benuron, por exemplo, que a criança possa precisar.”

“Passam receita para as crianças aviar fora do hospital, mesmo em condições de internamento, que é algo que consideramos insólito”, afirma Margarida Cruz, que diz ainda que os relatos de que tem conhecimento são apenas do Hospital de Coimbra.

Mas o director do Departamento Pediátrico do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, Jorge Saraiva diz não ter qualquer informação nesse sentido: “Tenho a certeza de que não houve nenhuma quebra de fornecimento de medicamentos. Não tenho nenhuma informação nem interna, nem da Acreditar, de que isso tenha acontecido. Se me derem informações adicionais, terei a obrigação de confirmar, não tendo informação concreta sobre o doente, o serviço ou o local onde isso possa ter acontecido, não posso fazer nenhuma avaliação.”

Jorge Saraiva diz que não há uma política de racionamento, mas que ainda assim não houve qualquer quebra: “Não há nenhuma política de racionamento. Há política de utilização de medicamentos quando estão indicados. Estando indicados são fornecidos. A informação que tenho é que não houve nenhuma ruptura de medicamentos”.