16 abr, 2014
O fundador do projecto Refood, Hunter Halder, estima que, ainda este ano, abram entre 15 a 20 centros de redistribuição de comida em todo o país.
O criador do projecto que combate o desperdício alimentar disse à Lusa esperar que, aos quatro centros já em funcionamento em Lisboa, possam somar-se, até ao final deste ano, entre 15 a 20 novos núcleos da Refood.
Estes centros funcionam com voluntários que recolhem refeições que sobram dos restaurantes e as distribuem pelos carenciados.
Algarve e Porto prontos a ajudar
No Algarve, estão a ser constituídos os núcleos de Algoz-Tunes, em Albufeira, e de Almancil, onde já existe um espaço cedido por uma associação para montar o centro de operações.
Além da angariação de voluntários, que terão em média uma participação de duas horas semanais, os grupos de gestores terão de contactar restaurantes e cafés que poderão disponibilizar a comida que sobra diariamente à Refood e identificar os potenciais beneficiários.
Pelo mesmo processo está a passar o Porto. "Estamos em negociações para nos ser cedido um espaço", disse à Renascença Francisca Mota, coordenadora da Refood Porto.
Uma bicicleta e a solidão no nascimento do projecto
Hunter Halder, americano residente em Lisboa, lançou o projecto Refood sozinho quando pegou na sua bicicleta para recolher refeições que sobravam nos restaurantes e cafés do seu bairro. Foi distribuí-las por pessoas carenciadas.
"Acho importante que as pessoas tenham conhecimento de que têm poder para mudar o mundo na sua própria comunidade, que não têm de esperar pelo Governo, nem por uma empresa, nem por ninguém", afirma à Lusa.
Desde o início do projecto já foram entregues 300 mil refeições. Só os quatro núcleos de Lisboa entregam uma média de 15 mil refeições por mês a cerca de 845 beneficiários.