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Ribeiro Cristóvão

Fiat Lux

11 jan, 2013 • Ribeiro Cristóvão

Não será o jogo de todas as decisões, mas o Benfica-Porto do próximo domingo à noite poderá desde já ”fazer luz” e abrir caminho a uma vitória no campeonato.

Fiat Lux

Não será o jogo de todas as decisões, mas o Benfica-Porto do próximo domingo à noite poderá desde já ”fazer luz” e abrir caminho a uma vitória no campeonato, ainda que fiquem a faltar 17 jornadas para se cumprir a totalidade do calendário.

Quem for capaz de averbar os três pontos em disputa, dará um passo importante para descolar do seu adversário mais directo e assim arrancar para uma caminhada mais segura.

Neste momento, o Benfica parece reunir melhores condições para poder encarar o clássico com optimismo. Podendo dispor de todas as suas pedras mais influentes, Jorge Jesus apenas terá de fazer opções, uma tarefa que apesar de tudo não se apresenta fácil. É que este jogo implica riscos que o treinador do Benfica não deseja correr, o que equivale por dizer que uma grande ponderação não deixará de lhe causar algumas insónias.

Do lado portista, Vítor Pereira irá procurar fazer das fraquezas forças. As limitações com que se debate, seja por ausências ou por lesão, constituem um transtorno que só a conhecida determinação da equipa poderá ajudar a ultrapassar, juntando a isso a tradicional ambição com que encara jogos como este.

O histórico mais recente dos clássicos entre o Benfica e o Porto, tendo como cenário o estádio da Luz, é claramente favorável aos dragões.
A tendência que noutros tempos apresentava os lisboetas em grande vantagem alterou-se à entrada do novo milénio. De tal maneira que em nove desafios disputados entre ambos, a partir do ano 2000, os dragões averbaram cinco vitórias contra apenas quatro das águias, tendo os restantes terminado com empates.

E, sobretudo, todos nos lembramos de como a vitória portista na Luz, em Março do ano passado, serviu de grande embalagem para que a equipa treinada por Vítor Pereira se viesse a tornar bicampeã apenas dois meses depois.

Mesmo quando se debate com dificuldades, a equipa nortenha apresenta-se sempre em Lisboa respirando saúde e a apontar para o único resultado que julga possível, o de chegar ao fim de noventa minutos em vantagem, mesmo que não lhe venha a pertencer  todo o domínio do jogo.

Por tudo isto, o clássico deste domingo é também um teste para Jorge Jesus, um treinador que tem dado mostras de que sabe bem desempenhar a sua função. Veremos como tudo vai terminar, com a certeza de que uma derrota provocará maiores estragos ao Benfica do que aos portistas, no caso de serem estes a regressar à Invicta de mãos a abanar.