30 nov, 2012 • Ribeiro Cristóvão
O encontro de logo à noite, que irá colocar frente a frente o Sporting de Braga e o FC Porto, vem salvar a monotonia em que ameaça transformar-se a eliminatória da Taça de Portugal que hoje começa a disputar-se. Até o Benfica, que ainda desconhece o nome do adversário que lhe cabe defrontar, goza uma folga que certamente dispensaria. O Sporting, atirado borda fora pelo Moreirense, já não faz parte desta história, pelo que tem de limitar-se a esperar pela edição do ano que vem. Muito pouco para um clube com tantos pergaminhos.
O jogo desta sexta-feira entre bracarenses e portistas vem reeditar o confronto de há apenas cinco dias, esse de características diferentes. Campeonato e Taça de Portugal raramente têm pontos de contacto, pelo que nada do que aconteceu no domingo será obrigatório repetir-se daqui a poucas horas.
Jogando no seu estádio, o Sporting de Braga dispõe de uma vantagem que também não pode ser comparável à do jogo anterior, aquele de características diferentes e de objectivos mais dilatados no tempo.
O espírito com que os jogadores costumam encarar desafios tão decisivos como o de hoje, e em que a relação de forças é tão próxima, não se assemelha ao de um jogo de campeonato.
Por tudo isto, não será desajustado dizer que é, neste caso, menor a capacidade de antecipar o seu desfecho.
Do que não há dúvidas é que estarão no estádio AXA duas das melhores equipas portuguesas do momento, que bem poderiam estar em Maio na final do Jamor. Só que, perante o implacável regulamento, uma delas terá de ficar pelo caminho.
Que seja um bom jogo, digno das tradições da Taça, e que, vencedores e vencidos saiam da eliminatória de cabeça bem levantada.