16 nov, 2012 • Ribeiro Cristóvão
Já sem um dos grandes no lote dos convocados para a quarta eliminatória, a Taça de Portugal regressou aos relvados para proporcionar grande festa a muitos adeptos espalhados pelo país.
Com o Sporting fora, o seu afastamento não deixou de constituir um sério aviso para os demais parceiros. É que, jogar contra equipas teoricamente mais fracas, nem sempre significa apuramento garantido. Por isso esta é uma competição tão especial, mesmo que financeiramente tenha um significado menos relevante sobretudo para os clubes mais poderosos.
Moreirense e Benfica deram o tiro de partida para uma jornada que se adivinha intensa, e susceptível de proporcionar algumas surpresas.
No caso especial do jogo da última noite, basta recordar que foi exactamente aos pés da equipa de Moreira de Cónegos que o Sporting sucumbiu com as consequências que ainda estão bem vivas na memória de todos.
E esta não deixou de ser uma boa razão para Jorge Jesus ter colocado em estado de alerta máximo os seus jogadores, entre os quais já foi possível descortinar o central Luisão, que voltou ao seu lugar depois de prolongado castigo. O Benfica estava por isso avisado para os perigos que lhe podiam sair ao caminho e destruir o sonho de estar presente em todas as finais, como é seu objectivo primordial.
Afinal, acabou por imperar a lógica com o mais forte a ditar a sua lei.
O Benfica venceu com toda a naturalidade, não obstante a resistência que o Moreirense tentou oferecer-lhe. Num jogo que deu para tudo, até para um corte de energia eléctrica durante largos minutos, nunca chegou a ser colocada a possibilidade de haver uma surpresa.
Pelas mesmas razões também o FCPorto deve apurar os sentidos uma vez que terá pela frente um adversário a subir de produção e que, para além disso, lhe faz trazer à memória a desastrada participação na edição anterior com a afastamento em Coimbra depois de um jogo sem qualidade e um resultado pouco comum.
No rescaldo desta jornada 16 equipas seguirão em frente, outras tantas ficarão pelo caminho.
Mais do que a possibilidade de ouvir tocar os sinos a anunciar surpresas, espera-se que nestes três dias haja mesmo festa a honrar a tradição da competição mais popular de todas quantas fazem parte do calendário nacional.