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Ribeiro Cristóvão

Trio em fuga

05 nov, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Ao contrário deste evidente apagamento do Sporting, há um trio na frente que se destaca cada vez mais, prometendo mesmo deixar todos os adversários sem qualquer possibilidade de perseguição.

Trio em fuga

A jornada do fim-de-semana do principal campeonato português trouxe uma mão cheia de surpresas a par de algumas desilusões. Para começar pelo lado negativo, o Sporting.

Quando alguma esperança começava a despontar para as bandas de Alvalade com a entrada de um novo técnico que podia trazer consigo um novo fôlego a tão depauperada equipa, o desapontamento acabou por não levantar a tenda.

Nova derrota, a terceira na Liga, a atirar a equipa para um lugar impensável e a tornar mais sombrio o futuro.

Não é, por enquanto, ao novo técnico que se podem assacar culpas e pedir responsabilidades. É, antes, necessário dar tempo para que conheça os cantos à casa, e se inteire da verdadeira capacidade dos jogadores que passou a comandar.

Certamente ficou já com algumas ideias sobre a ausência de qualidade de alguns deles, e da falta de empenho de outros, o que lhe dará toda a liberdade para começar a cortar a direito.

Ao contrário deste evidente apagamento do Sporting, há um trio na frente que se destaca cada vez mais, prometendo mesmo deixar todos os adversários sem qualquer possibilidade de perseguição. E, deste grupo, Porto e Benfica sempre com nota alta, a prometer manter o campeonato em permanente estado de alerta. Vitórias claras de um e de outro, e a confirmação de que tudo será decidido entre eles.

Surpresas chegaram sobretudo de Coimbra, Moreira de Cónegos e do Funchal, de onde saíram a respirar mais à vontade, o Estoril, Rio Ave e Beira Mar, sobretudo os aveirenses que para além de comemorarem a sua primeira vitória na Liga, entregaram a sempre incómoda lanterna vermelha ao surpreendente Nacional da Madeira.

É caso para perguntar: afinal o que se passa com esta equipa madeirense, que destoa por completo daquelas que tão bons desempenhos tiveram em anos anteriores?

Será que o estrangulamento financeiro, que vai apertar todos os clubes com futebol profissional, chegou mais cedo ao arquipélago?

Quando ainda não se atingiu o termo do primeiro terço da competição há já boas razões para que o sobressalto esteja a bater a algumas portas.

O inverno adivinha-se muito complicado, sobretudo para aqueles que se preocuparam mais em imitar as cigarras, quando tudo teriam a ganhar se se tivessem preocupado em trabalhar lenta mas seguramente como a formiga.