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Ribeiro Cristóvão

Nova esperança

15 out, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Depois do inesperado desaire na jornada russa, que antes parecia destinada à obtenção de um resultado positivo, temos agora pela frente uma prova que aparenta ser menos complicada, frente a um adversário de pouca qualidade.

Nova esperança

Com o Sporting a debater-se com uma longa agonia, que parece não mais ter fim, tardando, para evitar o seu agravamento, uma clarificação indispensável sobretudo a nível interno para que assim possa regressar a tranquilidade à sua enorme massa de adeptos, é a selecção que volta ao topo dos grandes acontecimentos que marcam estes dias.

Depois do inesperado desaire na jornada russa, que antes parecia destinada à obtenção de um resultado positivo, temos agora pela frente uma prova que aparenta ser menos complicada, frente a um adversário de pouca qualidade.

Amanhã à noite, no estádio do Dragão, cabe-nos defrontar a selecção da Irlanda do Norte, que no ranking da FIFA não vai além de um modesto lugar 117, e que entra mais uma vez numa competição internacional sem outro objectivo que não seja o de apenas marcar presença.       

O histórico do futebol daquele país é, na realidade, demasiado modesto, não registando uma só presença em qualquer fase final de um Campeonato do Mundo ou da Europa.

Portanto, neste jogo que se segue só pode exigir-se, sem rodriguinhos de qualquer espécie, uma vitória frente à selecção sediada em Belfast e por um resultado que além de não deixar dúvidas, possa contribuir para um certo desafogo nas contas finais, em concorrência com o parceiro do grupo que mais abertamente está em competição connosco, a Rússia.

Não parece muito provável que o seleccionador nacional venha a fazer grandes mexidas no onze que nos tem transmitido de forma indubitável as suas ideias. O conservadorismo de que tem dado mostras ao longo do tempo em que se tem mantido em funções reflecte a convicção de que não há soluções diferentes, ainda que as circunstâncias nem sempre sejam as mesmas.

Não obstante o grande objectivo de chegar ao Brasil em 2014 não ter ficado em nada comprometido, a lição de Moscovo não deve, porém, ser esquecida.
                                      
A selecção portuguesa continua a depender apenas de si própria, embora tenha recebido já um aviso, que deve ser tido especialmente em conta.

Como andam para aí a recordar os irlandeses, Portugal teve o triplo de posse de bola dos russos e acabou perdendo o jogo. E juntando a essa realidade a promessa de que amanhã tudo farão para serem capazes de causar também uma surpresa.