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Ribeiro Cristóvão

Quase perfeito

04 out, 2012 • Ribeiro Cristóvão

O Futebol Clube do Porto passou a comandar o seu grupo dando também um passo decisivo para atingir os oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

Quase perfeito
Esperávamos não ser enganados, e não fomos de facto. Colocando em campo a sua maior experiência na Liga dos Campeões, com a vitória de ontem à noite sobre a multi-milionária equipa do Paris Saint-Germain, o Futebol Clube do Porto passou a comandar o seu grupo dando também um passo decisivo para atingir os oitavos-de-final daquela competição.

Não era um jogo fácil para os dragões, sabendo-se do grande salto qualitativo conseguido pela principal equipa da Cidade Luz mercê de chorudos investimentos que permitiram contratar estrelas de primeira grandeza.

Só que o poderio económico do PSG não chegou para obstar a que o Porto fosse ontem a equipa mais forte e mais capaz de arrecadar os três pontos. Agora, com o comando do Grupo A assegurado com seis pontos e três de avanço sobre a concorrência mais directa, Paris Saint-Germain e Dínamo de Kiev, estes com três pontos cada, está aberto o caminho para seja possível seguir em frente na Champions.

Cabendo-lhe defrontar a equipa ucraniana nos dois jogos que se seguem, parece perfeitamente possível que essa barreira venha a ser ultrapassada, fazendo assim esquecer a campanha medíocre do ano anterior da qual a equipa portista saiu pela esquerda baixa.

Um jogo quase perfeito, assente no grande acerto protagonizada por jogadores de indiscutível  qualidade a meio-campo, e com James em noite de forte inspiração, só peca pela escassez dos números, que não traduzem a diferença estabelecida entre portugueses e franceses.

Hoje, Sporting, Marítimo e Académica são chamados a mais uma prova de qualidade na Liga Europa, perante adversários teoricamente acessíveis, e rodeados de um favoritismo que os três desafios terão entretanto de justificar.

Sob observação está especialmente o Sporting: não se trata de salvar apenas a cabeça do treinador Sá Pinto, no fio da navalha há muito tempo, mas de começar a repor o prestígio que se tem vindo a delapidar para as bandas de Alvalade perante uma massa associativa cansada de tantas frustrações.