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Ribeiro Cristóvão

A polémica voltou

24 set, 2012 • Ribeiro Cristóvão

Cedo se goraram as promessas de uma temporada pacífica, com compreensão pelos erros, na defesa de um negócio comum que corre todos os dias cada vez mais riscos com muitos clubes enfiados num beco de difícil saída.

A polémica voltou

Com apenas quatro jornadas decorridas, e eis o campeonato já incendiado pelo problema das arbitragens. Cedo se goraram as promessas de uma temporada pacífica, com compreensão pelos erros, na defesa de um negócio comum que corre todos os dias cada vez mais riscos com muitos clubes enfiados num beco de difícil saída.

É verdade que não é fácil aguentar por muito tempo um clima de total serenidade, sobretudo quando surgem factores de desequilíbrio e que tocam particularmente os mais fortes.

Neste caso o foco incide especialmente nos dois grandes da capital, embora por motivos diferentes. O Benfica, porque se sente espoliado num jogo em que foi claramente massacrado pelo árbitro através de decisões injustas com influência directa no seu desfecho, sem esquecer no entanto a própria incapacidade de alcançar um resultado diferente.

O Sporting, porque volta à estafada e sempre repetida questão do presumível conluio da comunicação social para lhe tolher os movimentos que o levem ao sucesso.

Sá Pinto, um treinador já muito contestado e sem o apoio claro dos responsáveis, recorre de novo às promessas de que vem aí uma nova aurora, sem explicar as razões porque não é capaz de tirar a equipa do fosso em que caiu há muito tempo.

Logo à noite poderá fazer-se luz sobre as muitas dúvidas que pairam por Alvalade. E, de uma vez por todas, ou o Sporting retoma o caminho das vitórias, ou será inevitável o começo de uma nova revolução de consequências inimagináveis.

Sem sucesso desportivo e sem dinheiro, um emblema com pergaminhos de que o do leão justamente se orgulha, poderá estar a atingir o limite das muitas aventuras que o têm minado e levado à beira do abismo.

Entretanto, indiferente a tudo o que marca a vida dos seus mais directos competidores, o Futebol Clube do Porto segue a sua marcha, aparentemente alheio a todas as perturbações. Já está isolado no primeiro lugar da classificação, e mantê-lo é sua única preocupação.